O
Sendero Luminoso (espanhol para "sendeiro luminoso" ou "caminho
iluminado") é uma organização de inspiração maoísta fundada na década de
1960 pelos corpos discentes e docentes de universidades do Peru (especialmente
da província de Ayacucho).
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É classificada por diversos países, incluindo os
Estados Unidos e a União Europeia, como terrorista.
Abimael Guzmán (professor de
Filosofia da Universidade Nacional de San Cristóbal de Huamanga) é considerado
seu fundador por excelência, e adota o codinome Presidente Gonzalo. A guerrilha
foi quase considerada extinta no final da década de 1990, mas reapareceu na primeira
década do século XXI.
O
Sendero Luminoso é considerado o maior movimento terrorista do Peru, e está
entre os dois maiores grupos de ação da América do Sul (ao lado das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC), sendo inspirado no antifascismo
contra o regime militar do país nos anos 60.[4]. O seu nome oficial é Partido
Comunista do Peru - Sendero Luminoso (PCP-SL)- dado que existiram diversos partidos
denominados Partido Comunista do Peru, e o Sendero Luminoso foi um dentre
tantos outros, nascido de uma divisão interna do Partido Comunista do Peru -
Bandera Roja.
O seu objetivo era o de superar as instituições burguesas
peruanas por meio de um regime revolucionário e comunista de base camponesa,
utilizando-se do conceito maoísta de Nova Democracia. Desde a captura de seu
líder, Abimael Guzmán em 12 de setembro de 1992, o Sendero Luminoso teve apenas
atuações esporádicas.
A ideologia e as táticas do Sendero Luminoso
influenciaram outros grupos insurgentes de caráter maoísta como o Partido
Comunista do Nepal e outras organizações relacionadas ao movimento
revolucionário internacional.
Após
a prisão de Guzmán, vários líderes do Sendero também foram detidos nos anos
seguintes, o que diminuiu bastante as atividades do grupo. Digladiaram-se com
os militares peruanos e grupos paramilitares supostamente treinados pelo
Estados Unidos, os Sinchis.
Além disso, opõe-se a outra grande força
revolucionária do Peru, o Movimento Revolucionário Túpac Amaru.
Estima-se
que o Sendero Luminoso teve cerca de quinze mil guerrilheiros[6] e um grande
número de membros em outras funções. De acordo com o comissão governamental
CVR, o grupo foi responsável pela morte de aproximadamente 30.000 pessoas,
entre militares, policiais, políticos e civis (46 % das vítimas do conflito, e
54 % para as forças governamentais).
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